23 de abril de 2012

Consultório Cerebral (2)

Penso que todos nós na nossa turma da primária/secundário, tivemos as amigas da religião "protestantes", não tenho a certeza se é assim só que se designa. Ou seja, aquelas meninas que usavam uma trança gigante, não iam às festas connosco, não tinha religião e moral e não podiam usar calças. Uma dessas meninas era inclusive uma das minhas melhores amigas.
Pois bem, por motivos diversos, nenhuma delas entrou para o ensino superior, nunca percebi bem porquê.

E por motivos ainda diversos todas elas casaram bastante cedo.
E então é assim. Uma dessas meninas casou cedo, engravidou e lá continuou a sua vidinha de trabalhadora, esposa competente nas lides domésticas e devota com o seu marido nas idas ao culto. Quando, já com as crianças com 6 anos de idade, vai a ver e o seu devoto marido andava a pinar com uma colega de trabalho dela de onde já tinha uma filha. Como é que é possível? Uma amiga dela, dela e colega de trabalho dela, na mesma sala, no mesmo departamento, que andava a dar umas cambalhotas com o marido. 
Essa minha amiga "ganhou tomates", despediu-se no mesmo exacto momento. (Sim porque só soube quando numa discussão com a colega de trabalho esta se descai e diz qualquer coisa como: "Olha o teu marido vem cá todas as semanas!") Pega nas crianças e vai embora para a Suíça. 

A minha outra amiga, no mesmo contexto social, a única coisa que não teve foram os filhos, porque o marido andava a pular a cerca também. Até ser apanhado.
E fiquei contente por saber que agora, ambas, encontraram alguém (que por acaso não é dessa religião, nem de nenhuma outra), e que estão bem, felizes e bola prá frente.

E vocês conhecem destas histórias?

6 comentários:

  1. Felizmente livraram-se de boa. mas nunca conheci nenhuma menina que se vestisse assim. :)

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  2. Protestante acho que não tive. Mas tive uma amiga jeóva, ainda tenho.. e ainda não é casada portanto não posso dizer nada sobre isso ahaha *

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  3. Estás a insinuar que os homens protestantes são todos uns adúlteros? Se tiveres, eu concordo contigo :)

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  4. A religião seja ela qual for espartilha muito os comportamentos, não permite pisar o risco ou fazer uma loucura, e depois quem vive muito espartilhado e sem partir um prato, um dia tem necessidade de partir a louça toda:)

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  5. Sou (quer dizer já fui mais)protestante, usei calças desde pequenina e, já tenho alguma idade, fui para a faculdade e tirei um curso superior. O que diz não tem nada a ver com religiões (até porque a maioria dos homens que conheço e que pulam ou pularam a cerca, são católicos) mas tem a ver com a personalidade e a mentalidade das pessoas e com o seu caráter. Tem também muito a ver com a passividade das mulheres que suportam esse tipo de vexame. É a mentalidade "machista" de muitas mulheres, no sentido de que aos homens, coitados, tudo é permitido! Ainda bem que as suas amigas deram o "grito do Ipiranga" e se libertaram das amarras.

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  6. Cara Maria olá! tem toda a razão, e aparentemente os poucos homens católicos que conheço não são nenhuns santos... Mas desde infância quando brincava com elas, lembro-me que os pais eram bastante rígidos com essas "leis". Eu, apesar de ser criada no seio católico não sigo a forma como a igreja lida com as coisas e aliás não acredito nessas coisas do divino. Acredito na boa vontade dos homens. Só. E nos actos, não em rezas. Se eu quiser meditar faço yoga. Mas lembro-me que essas raparigas levavam muita porradinha à frente dos colegas, era triste. Mas sim, o mais importante é que seguiram com a vida delas! E olhe que muitas "famílias de bem" católicas preferem continuar em aparências que destruir a "casa". Um beijinho Maria apareça por cá*

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