1 de março de 2012

filHoS... e aboRtos?


Confesso que quando leio uma notícia no Correio da Manhã, espero que seja verificada por outro jornal tais são as aberraridades que por lá passam, qual revista cor-de-rosa. Mas esta prendeu-me o espírito:
"Francesca Minerva, académica nas Universidades de Melboune e Oxford, e Alberto Giubilini, das universidades de Milão e Monash, em Melbourne, argumentam que os recém-nascidos, tal como os fetos, não têm um estatuto moral semelhante ao dos adultos. Na tese publicada, os especialistas em ética defendem que os recém-nascidos são ‘não-pessoas’ porque ainda não têm consciência da sua própria existência.  Para os dois investigadores, não se trata de infanticídio, mas sim de aborto pós-parto (passo a informar que a minha posição é que sou contra o aborto, mas a favor da legalização do mesmo. Acho que deva ser feito em caso de violação e de deformações no feto. Só sou contra porque actualmente existem muitas formas de o prevenir, mas acho que a mulher que o queira fazer está no seu direito de escolha) e só deveria ser autorizado em bebés com doenças e malformações não detectadas durante a gravidez. (vai haver revolta dos pais com filhos com trissomia 21... doenças? Doenças tipo...?) Outra situação possível é para pais que não têm condições para psicológicas ou materiais para lidar com o bebé. (esses para mim deviam era ser castrados. Não percebo porque é que não implantam essa obrigação.)    O artigo foi publicado, justificou Julian Savulescu, editor do Jornal de Ética Médica, porque a publicação não existe para veicular apenas uma determinada corrente de pensamento. “Os autores argumentaram, de uma forma provocadora, que não existem diferenças morais entre um feto e um recém-nascido. A argumentação parte de ideia que muito podem aceitar e outros rejeitar”, afirmou.    Certo é que a polémica está instalada, com milhares de cartas e e-mails a ameaçar de morte os autores da tese. Julian Savulescu condenou as ameaças enviadas à publicação, considerando tratarem-se de uma tentativa de censura inaceitável."
artigo totalmente retirado daqui. e a azul as minhas opiniões. 
Tenho um grande medo de vir a ter algum filho com uma deficiência. Não vou ser hipócrita e dizer que não me ia fazer diferença. Que ia amar, que ia tratar, que ia querer ficar com. Não, não quereria. Admiro as pessoas que os têm, admiro mesmo, mas eu não estou , nem nunca irei estar consoante a minha forma de ser, preparada para isso. Gosto de passear, de estudar, de ter a minha vida social e familiar. Se ter um filho já é uma responsabilidade de maior que irá condicionar todo o nosso comportamento, toda a nossa vida, ter um filho com mobilidade condicionada, com capacidades condicionadas ainda mais é. É a minha forma de pensar actualmente.

12 comentários:

  1. http://www.telegraph.co.uk/health/healthnews/9113394/Killing-babies-no-different-from-abortion-experts-say.html#.T05xDcQzXro.facebook

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  2. Acho que é a idade que te faz dizer que não quererias um filho deficiente. :) Querer? Querer ninguém quer. Ninguém quer ver um filho com limitações, com impedimentos, com inseguranças acrescidas. Mas se o tivesses ias amá-lo como se fosse uma criança normal... seria teu, do teu sangue, e isso já não faria mais sentido.

    Gostas de passear, de ter vida social? Estás no teu direito. Mas um filho não tem de ser um fardo, digamos assim. Existem avós, tios, irmãos, primos... a família ajuda. A família pode cuidar da criança para que tu possas ir para uma noitada, por exemplo. Eu pelo menos sei que quando tiver um filho vou ter toda a família a querer ajudar :)

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  3. Obrigado Anónimo, este está mais completo e perceptível.

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  4. Eu acho que não li bem, não estou a acreditar!

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  5. Maria só tenho a dizer que independentemente de concordar ou não com as tuas opiniões, para mim o mais importante é ver que há pessoas que se preocupam e reagem como tu.

    A maioria finge que não lê as coisas e que não é nada com elas.

    Parabéns por seres uma das que se importam.

    **

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  6. Todos os dias agradeço o facto de de ter dois filhos saudáveis, e dou por mim a perguntar porque é que fui bafejada com tal sorte, ao contrário de outros pais que tiveram a infelicidade de ter filhos com algum tipo de deficiência.Sim, porque independentemente do amor incondicional que se tenha por um filho, não deixa de ser uma infelicidade ter um flho deficiente, e nem todos os pais contam com uma estrutura de apoio. Há sempre que contar que as despesas e os cuidados têm de ser acrescidos e que toda a família tem de se reorganizar em função das necessiades especiais dessa criança.Não é, de todo, uma decisão fácil e eu agradeço a Deus não estar nessa situação.

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  7. Eu não tenho filhos (apesar dos quase 40 anos), nunca quis, mas sei que eventualmente vou ter. E também sei que não serão filhos biológicos, sei que os irei adoptar. Não por um qualquer constrangimento biológico, mas porque a adopção faz mais sentido para mim. E quando tomar essa decisão, vou adoptar miúdos com deficiência? Não vou. Aliás, ser saudável é mesmo o único critério. E é, admito, um critério egoísta, porque não me quero confrontar com essa realidade e todos os problemas associados a ela.

    Ou seja, eu estou, à partida, a descriminar ou a eliminar do meu projecto de vida todas as crianças com deficiência, apenas porque posso e sem sequer pensar muito nisso ou sentir qualquer tipo de culpa. No fundo, estou a fazer exactamente aquilo que está escrito no texto, mas com a salvaguarda moral de não estar a matar e, ainda por cima, com a palmadinha nas costas por estar a tomar a opção magnânima de proporcionar uma família a uma qualquer criança institucionalizada.

    Não quero deficientes, prefiro deixá-los ao cuidado do estado, nas condições que, infelizmente, todos sabemos, prefiro varrer essa realidade para baixo do tapete e faço-o com o aval do "moralmente aceitável". Estou a ser diferente dos fulanos do texto? Se calhar não estou. Se calhar não estamos. Eu sei que esta comparação pode ser um bocadinho forçada... mas é um assunto que me deixa muitas dúvidas e muitas incertezas em relação à nossa humanidade.

    (desculpa o comentário demasiado longo)

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  8. Tinha tanto medo que o meu filho tivesse algum problema... mas se tivesse sido o caso, tinha abortado, sem dúvida. Claro que amaria um filho com uma deficiencia como amo o meu, mas e um dia que eu lhe faltasse? quem cuidaria dele? se não podia cuidar de si próprio??

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  9. isso é assassínio. uma coisa é um aborto, quando ainda é feto, outra é quando ele já chora, já sente, já tudo! E se os algum pai for capaz de fazer isso, é porque não merece de todo o ar que respira.
    beijinhos

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  10. é um tema muito delicado ... concordo com a legalização, mas não me consigo pronunciar sobre uma assunto que acredito que só poderia avaliar se passasse pelo mesmo ... **

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  11. Eu partilho da mesma opinião que tu em relação ao aborto. Sou só a favor em casos de violação, perigo de vida para a mãe ou em caso do feto se encontrar com deficiências. E até posso aceitar que haja acidentes, mas mais do que uma vez já não é acidente, é puro descuido.

    Agora essas pessoinhas que escreveram esse artigo estão basicamente a dizer que se pode matar um ser vivo só porque não têm consciência da sua própria existência... Mas têm sentimentos! Sentem dor! Reconhecem a mãe! São seres vivos!

    Que gente mais parva...

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  12. sim, sou da tua opinião. Mas atenção, a antiga lei do aborto previa que o aborto podia ser feito em casos de má formação do mesmo, violação, ou quando em causa está a vida da mãe, do feto ou de ambos.
    Logo, nunca fui a favor desta nova lei.

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