3 de março de 2013

encontros imediatos



Faz uns dias, estava aqui a Maria no Continente, com um casaco comprido por cima da farda e com a gravata assim a modos que de esguelha, indecisa entre as pêras e as maçãs numa de não abusar nas quantidades pois ia de mota, quando... do nada ...
- "Maria! Tudo bem?"
...e quem era? Era o falecido nº1. Ou seja, o ex-namorado, o 1º, o com o qual namorei 4 anos, o com o qual tive discussões horríveis (para eu terminar o relacionamento), e estivemos sem falar outros quantos anos.
"Hoje", (aka de há 3 anos para cá), com outra maturidade e depois até de já termos falado e visto que fomos um pouco parvos, continuo a vê-lo como uma óptima pessoa a qual merece mesmo tudo de bom.
Maria: -"Sim está tudo bem! E contigo?!"
Falecido: -Epah, trabalhamos perto um do outro, somos vizinhos, a ver se combinamos um jantar lá em casa para conheceres a Y, ok?
Maria: -Ok, ok, quando quiseres, também já falei de ti ao mêhóme.
Falecido. -Então depois comunico, beijinhos fica bem.

Pois bem, depois de acabarmos (03-2004?), poucas vezes falamos, muitas vezes discutimos, muitas vezes choramos até que a melhor opção foi mesmo deixar de haver contacto. Contudo, não havia aniversário, data-especial-de calendário ou outra coisa qualquer em que não me dissesse alguma coisa, inclusive mandasse uma carta ou presente nos seguintes 2 anos.

Já falei disto ao meu homem. Ele acaba por achar estranho porque sei que não tem contacto algum com alguma das suas falecidas. Mas a verdade é que não vejo mesmo este moço como mais que um amigo de infância, dos chegados claro, daqueles que sabe mais de mim (do que eu era), do que mesmo o que eu me possa lembrar e, a verdade, é que nunca trocaria o meu homem por uma história passada. As história servem para isso mesmo, para nos lembrarmos das escolhas que fizemos. E a verdade é que estou muito bem assim. 



6 comentários:

  1. Percebo-te. No entanto tento sempre manter a distância das minhas ex em relação às novas, pois sei que isso causa desconforto na pessoa por mais que digamos que ela já foi e não representa nada para nós.

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  2. Adorei. Senti-me a ver o filme e....senti-me uma Maria como tu.
    De repente vi-me a viver o momento tal e qual o descreveste e tb o passado de uma relação que, mesmo havendo sentimento, me obrigou a por um ponto final - quase pelas mesmas razões que a ti.
    É engraçado como muitas vezes estamos com as pessoas certas nas alturas erradas... e um tempo mais tarde, com outra maturidade, sentimos que "se calhar"...
    Ou se calhar não.
    Se não deu naquele momento em que o "cosmos" conspirou para que desse, é porque já não tinha de ser.
    Certo é que as coisas não são tão lineares assim, mas às vezes sabe bem simplificar.
    O importante é, no final de contas, estares bem assim, não ficares com o peso do "devia ter tentado mais uma vez".
    Tudo tem um tempo para acontecer e o tempo do 1º já lá foi.
    Se ele fosse tão bom assim, ainda hoje estavas com ele...

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    1. É engraçado como a própria vida é um filme, daqueles giros, de domingo à tarde... Mas o bom disto é que sabemos que tanto eu como ele não queremos nada mais que um "olá, tudo bem", pois ambos estamos bem. E isso é importante. Não há sms duvidosas, nem chats manhosos...nada. Nada que possa ser considerado errado. Cada um na sua com o seu percurso de vida.

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    2. Pois é, Maria... e isso só mostra como vocês estão bem resolvidos e quanto a isso só há uma coisa a fazer... continuar! :-) beijinho*

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  3. um pouco estranho, mas se amadureceu é bom sinal, mas convidar-te para jantar dafuck?

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    1. Seria sempre um jantar a 4 ou mais TimTim :) mas mesmo assim... não vai acontecer.

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