15 de novembro de 2012

sentimentos

Ainda não tinha falado deste assunto porque estava a marinar emoções.
O meu cão morreu. Velhinho. Assim, em dois dias deixou-nos sem que o conseguisse prever com antecedência.
O meu cão que foi o cão que os meus meus pais nos ofereceram quando eu estava no 9º ano. Portanto, já há 13 anos.
Este cão não era de raça, mas era o "meu" cão. Mesmo assim era um cão lindo.
Foi o cachorro que me fez xixi na cama mal entrou para a família.
Era o cão que tinha medo de foguetes e, que em dias de festa, fugia para debaixo da mesa a chorar.
Era o cão que, fossem que horas fossem, saltava de alegria quando chegava a casa.
Era o cão que não se importava de ser lançado da ponte (pequena...) lá do riacho da aldeia, para a água e nadava todo feliz mas que se fosse para ir ao banho de champô, ui, era uma choradeira.
Era o cão que ladrava ferozmente às pessoas que passavam do lado de fora do muro, mas se essas pessoas entrassem na casa já eram os melhores amigos. Portanto, um cão de guarda nada eficaz... a não ser pelo barulho.
Era o cão que quando conseguia saltar o muro quando fossemos a sair de carro, corria atrás do carro até ficar cansado, mas feliz.
Era o cão que foi ter connosco a um café, sem estarmos à espera, café esse cheio de pessoas a quem ele ladrava, mas que só estava à nossa espera.
Era o cão que de uma forma ou outra me recordava o meu pai pois nunca ficava tão alegre como com ele. E se ele lhe ralhava ele vinha à mesma ter com ele e escutava sossegadinho de queixo pousado nas pernas dele. E notou-se que sentiu, tal como nós, a falta dele.
Foi o cão que mais me admirou pelo facto de, quando conheceu o mêhóme, lhe ter visto no olhar e nas atitudes, as mesmas que tinha com o meu pai.

Não sei explicar como será possível a perda de um animal companheiro às vezes provocar mais dor que a perda de uma pessoa (de algumas claro.)
Chorei muito a tentar dar-lhe água e a fazer-lhe festinhas e fiquei muito sentida de ele nem me olhar direito. Se calhar não conseguia não é... Mas sei que estive lá a segurar-lhe a patinha magra, assim em jeito de despedida.

Miss you mister B.




9 comentários:

  1. Fica para sempre guardado dentro do teu coração um sentimento lindo e memorias unicas que só tu e ele viveram
    Bjstos

    ResponderEliminar
  2. Querida muita força... custa tanto...

    kisses***

    ResponderEliminar
  3. Não preciso dizer-te o quanto te entendo, os meus posts sobre a Lassy falam por mim: http://chama-sevida.blogspot.pt/search/label/Lassy

    ResponderEliminar
  4. Infelizmente entendo-te tão mas tão bem. Já tive uma cadela que morreu também no espaço de pouco tempo sem que pudessemos fazer nada e uma gatinha que morreu com cancro. Tenho tantas saudades das duas e chorei tanto. Fazem-me falta todos, todos os diaas.

    ResponderEliminar
  5. Lamento muito, conheço bem essa mágoa e o vazio que a partida deles deixa. Muita força.

    ResponderEliminar
  6. E já me puseste a chorar :( o meu cão morreu em Junho... de velhice quase 14 anos depois de ter entrado na família. E dói mais do que a morte de (algumas pessoas) é um membro da família que vai embora...

    Beijinho
    @Anna

    ResponderEliminar
  7. Neste momento, o cão que está cá em casa há 17 anos está no veterinário... Não sabemos se volta...

    ResponderEliminar
  8. Sei bem o que é perder um amigo de quatro patas, o ano passado foi terrivel. Força querida*

    ResponderEliminar
  9. Só de pensar que alguma coisa pode acontecer aos meus até fico com o estômago apertado...

    ResponderEliminar

Diga, diga, sou toda "ouvidos" !

quem cá para...