12 de setembro de 2012

Finanças *

O meu avô recebeu uma carta das finanças para ir entregar a actualização das áreas da casa. 
Ora bem, a casa foi construída em 1979.
A casinha típica, de duas janelas de cada lado e porta a meio.

Entretanto já tem um anexo-casa que foi outrora para os meus pais.
Entretanto já tem uma adega para o meu avô se entreter na mecânica e para fazer as vindimas.
Entretanto já tem duas capoeiras e um curral para a porca parir os leitões que vende para a Mealhada.

Eu: "Avô, quer colocar lá as áreas verdadeiras... todas?"
Avô: "Sei lá... vai ser muito caro?"
Eu: "Quanto é que paga?"
Avô: " 57 euros..."
Eu: "Mas agora tem mais que o triplo da casa inicial..."
Avô: "Pois, mas e se vêem cá os fiscais?"
Eu: "Estou mais preocupada com os da Câmara Municipal que com os das Finanças. Deixe-me ir eu às finanças primeiro."
Avô: "Está bem, antes que eu diga alguma asneira."

Dio Mio, nem os velhinhos se escapam à procura de fundos. Custa-me ver quem já recebeu  4 escudos de ordenado ter que pagar barbaridades de impostos. Sim, porque isto não faz sentido. Ainda falam das eras das dinastias em que se pagavam impostos aos reis e aos senhores feudais. 
Tipo... o que é isto? 
Ter que se pagar pelo que é nosso. Pelo que está pago!
Shame.

3 comentários:

  1. Estas coisas revoltam-me muito, porque às grandes fortunas ilícitas, ninguém quer saber. Aqueles que tiveram de trabalhar uma vida inteira de forma honesta é que calham sempre na berlinda!

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  2. O teu nome já está na lista ;D
    beijoca**

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Diga, diga, sou toda "ouvidos" !

quem cá para...