8 de junho de 2012

Ambiguidades da vida

Tive uma noite véspera de feriado  muito estranha.
Foi uma mistura sentimental difícil de transmitir.

No mesmo momento em que uma das minhas melhores amigas me estava a mandar mensagens constantes a dizer: 
"Maria, estou na maternidade com contracções, vai ser agora!"; "Olha estou-me a abrir toda  rais ma parta..."; "Catano que a miúda nunca mais sai."...

A minha outra melhor amiga, também grávida de 4 meses, precisa de mim pois foi dar com o pai morto em casa. Aliás, quando ela o encontrou (porque simplesmente se levantou para vir tomar ar e esticar as pernas), deu de caras com o senhor (que tropeçou no degrau), e estava já a ir-se com algum sofrimento numa poça de sangue. Fui ter com ela, tirei-a daquele cenário de pessoas que iam dar os pêsames, e ela chorou, chorou, chorou... 

No espaço de 4horas, 4horas em 365 dias que poderiam calhar em qualquer dia, em 4horas a minha melhor amiga perde o pai e a outra tem um filho.




2 comentários:

  1. Ai meu deus... encontrar o pai morte deve ter sido tão tão tão doloroso. :(

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  2. Nunca nenhuma altura é boa para acontecerem certas coisas, mas há alturas em que é mesmo o pior que podia acontecer!

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Diga, diga, sou toda "ouvidos" !

quem cá para...