3 de julho de 2012

disto de ter um curso no nosso País: BULLSHIT

artigo daqui na integra. E, a confirmar-se caso seja verdade, é quando leio coisas deste tipo que fico com vergonha do nosso país. Não me venham com tretas do Euro. Vergonha. Todos nós, suponho, estudámos a pulso, noites e noites, para conseguir acabar um curso e este senhor e outros presumo, tiram um curso com experiência profissional e com 10 a uma cadeira. 
Epah, eu estive quase 7 anos a trabalhar em gabinetes desde o dobrar as folhas até ao projecto de desenho. Se calhar não era preciso ter estudado... Ia lá pedir umas equivalências.  Ah perdoem-me, neste caso era pagar umas equivalências. 
Pessoal penso que nas nossas aldeias exista o "endireita" e a "bruxa" de serviço, com um bocadinho de sorte, um consegue o curso de medicina e a dita de farmacêutica ou química, não?
Sabem que mais, o miúdo da publicidade da Galp/Euro, que queria ser "Médico ou Biólogo", é é parvo. O que está a dar é ser corrupto. Passo a citar:

"O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas fez em apenas um ano uma licenciatura que tem um plano de estudos de 36 cadeiras, distribuídas por três anos. Relvas requereu a admissão à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Lisboa) em Setembro de 2006. E concluiu a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais em Outubro de 2007.
Ao PÚBLICO, António Valle, adjunto do governante, explicou nesta terça-feira de manhã que tal se deve ao facto de a Lusófona ter analisado o “currículo profissional” do actual governante, bem como o facto de ele ter frequentado “os cursos de Direito e de História”, o que permitiu que o curso fosse feito em menos tempo. Valle não esclareceu quantos créditos foram atribuídos nem quantas cadeiras Miguel Relvas fez na Lusófona. 

A única cadeira que o actual ministro tinha concluído antes de 2006 era uma de Direito, feita em 1985. Apesar de ter estado inscrito em mais dois cursos – História e Relações Internacionais. Quando pediu para ser admitido na Lusófona já tinha sido eleito deputado em várias legislaturas e ocupado o cargo de Secretário de Estado da Administração Local do XV Governo Constitucional.
Segundo informação prestada anteriormente ao PÚBLICO por António Valle, Relvas inscreveu-se pela primeira vez no ensino superior em 1984, no curso de Direito da Universidade Livre (instituição que daria origem à Universidade Lusíada), uma instituição privada. 
Em 1985 concluiu, após frequência escrita e prova oral, a disciplina de Ciência Política e Direito Constitucional, com 10 valores. Em Setembro desse ano pediu transferência para o curso de História. Matriculou-se em sete disciplinas mas não fez nenhuma. 
Em 1995/96 pediu reingresso na Lusíada para o curso de Relações Internacionais. Não frequentou nenhuma cadeira. 
dez anos depois requereu admissão à Lusófona. O plano de estudos da licenciatura de Ciência Política e Relações Internacionais, publicado no site da universidade, contempla 36 disciplinas, distribuída por seis semestres, equivalentes a 180 créditos — o número de créditos que, por norma, é exigido para um grau de licenciatura desde que entrou em vigor o chamado Processo de Bolonha, que prevê a uniformização europeia da estrutura dos cursos superiores.
Uma lei publicada em Março de 2006, meses antes de o actual ministro ser admitido naquela instituição de ensino, prevê que as universidades e politécnicos possam reconhecer “através da atribuição de créditos, a experiência profissional” de pessoas que já tendo estado inscritos no ensino superior pretendam prosseguir estudos. Esse diploma (Decreto-Lei 74/2006) diz que cabe às instituições de ensino definir os procedimentos a adoptar nestes casos. 
A Lusófona não forneceu ao PÚBLICO o seu regulamento para reconhecimento de competências profissionais. E António Valle disse que não podia, para já, dar mais explicações sobre como foi feito o reconhecimento do currículo do ministro.
No dia 7 de Junho o jornal “Crime” publicou uma notícia com o título “Miguel Relvas não revela o seu percurso académico”. De então para cá escreveu outros artigos levantando dúvidas sobre o percurso académico do ministro. 
Na segunda-feira, no seguimento de informações que já tinham sido prestadas por Valle sobre o assunto, o PÚBLICO questionou o gabinete de Relvas sobre o processo de reconhecimento do percurso profissional do ministro pela Lusófona. Nesta terça-feira, o jornal “i” cita o próprio ministro que diz que o curso foi “encurtado por equivalências reconhecidas e homologadas pelo Conselho Científico” da Lusófona “em virtude da análise curricular a que precedeu previamente”. “Fiz os exames que me foram exigidos”, explicou."

4 comentários:

  1. Olha outro com licenciatura ao domingo... valha-nos deus.

    ResponderEliminar
  2. Triste... palhaçada. Gente que faz cursos de 3 anos em meses, exames ao domingo e mais coisas giras a mim dá-me vontade de rir, como é possível ele chegar onde chegou com um curso de conveniência.

    ResponderEliminar
  3. Acrescenta-lhe esta: “O novo edifício da Câmara foi inaugurado, a 16 de Janeiro de 2004, pelo Secretário de Estado da Administração Local, Dr. Miguel Relvas (...)” (http://www.cm-lagoa.pt/menu/103/pacos-do-concelho.aspx). E não, não se trata apenas de uma actualização do site da CM Lagoa face à obtenção ulterior do diploma pelo dito: até na placa (http://espectivas.files.wordpress.com/2012/07/miguel-relvas-cm-lagoa-web.jpg) está...

    ResponderEliminar

Diga, diga, sou toda "ouvidos" !

quem cá para...